Após ameaça de Trump na segunda-feira (7), China reage nesta terça-feira (8) e promete lutar “até o fim” contra aumento de tarifas americanas
Nesta segunda-feira (7), o presidente Donald Trump anunciou a intenção de impor uma nova tarifa de 50% sobre produtos chineses. Trump aplicaria a medida caso a China não suspenda suas recentes tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos.
Se concretizar a medida, o governo americano elevará as tarifas totais a até 104% em certos produtos, afetando setores como tecnologia, vestuário e automóveis. Trump justificou a medida como necessária para proteger a indústria americana e acusou a China de práticas comerciais desleais.
China reage e promete retaliação “até o fim”
A resposta da China veio nesta terça-feira (8), com duras críticas à nova ameaça dos EUA. O Ministério do Comércio chinês classificou a proposta de Trump como “chantagem” e disse que a China está disposta a “lutar até o fim”. O governo chinês voltou a exigir que Washington suspenda todas as tarifas unilaterais. Pequim exige que as futuras negociações respeitem princípios de reciprocidade e equilíbrio comercial.
Também nesta terça, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, acusou os EUA de intimidação econômica e unilateralismo. Segundo ele, políticas como “América em primeiro lugar” violam normas internacionais e prejudicam a economia global. Lin pediu que empresas americanas, como a Tesla, pressionem o governo dos EUA por diálogo. Ele declarou que a China protegerá seus interesses com firmeza e não cederá a ameaças ou pressão.
Analistas alertam que o aumento das tarifas pode impactar os consumidores americanos, elevar preços e pressionar cadeias produtivas globais. Em 2024, os EUA compraram US$ 440 bilhões em produtos chineses, o que torna o país vital para as importações americanas.Especialistas temem uma nova escalada da guerra comercial que pode afetar a recuperação econômica mundial. A disputa agora será levada ao comitê da Organização Mundial do Comércio (OMC), onde a China já apresentou queixa formal.
Fonte: InfoMoney