Japão investirá R$ 4,3 bilhões para construir o Fugaku Next, supercomputador classe zeta, que será 1.000 vezes mais rápido que os modelos atuais
Japão anuncia supercomputador de classe zeta
O Japão está prestes a construir o supercomputador mais poderoso do mundo, o Fugaku Next, projetado para ser 1.000 vezes mais rápido que os modelos atuais. Com um investimento que pode ultrapassar US$ 750 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões), o novo supercomputador será desenvolvido pelas empresas RIKEN e Fujitsu, responsáveis também pelo Fugaku, que já foi o supercomputador mais rápido do planeta.
O Fugaku Next operará em uma nova escala, a zetaFLOPS, capaz de realizar até um sextilhão de cálculos por segundo. Esse salto tecnológico permitirá avanços significativos em áreas como inteligência artificial, modelagem climática e pesquisas médicas. O projeto ambicioso visa fortalecer a posição do Japão como líder em tecnologia de supercomputação até 2030.
Desafios e expectativas para o futuro
Com a promessa de superação das barreiras atuais de velocidade, o Fugaku Next representa um avanço histórico na computação de alto desempenho. No entanto, seu desenvolvimento não será simples. Um dos maiores desafios será a quantidade de energia necessária para operá-lo. Estima-se que o consumo de energia de um supercomputador de classe zeta exigirá o equivalente à produção de 21 usinas nucleares. Isso levanta preocupações sobre a sustentabilidade do projeto e a necessidade de inovações em eficiência energética.
Além disso, o Japão deve lidar com a pressão de manter sua liderança global em computação avançada, após o Fugaku ser destronado em 2022 pelo supercomputador Frontier dos Estados Unidos. A expectativa é que o Fugaku Next consiga recuperar sua liderança. Além disso, ele deve estabelecer novos padrões para a indústria de supercomputação, especialmente em IA e simulações científicas de alta complexidade. Com o Fugaku Next, o Japão almeja não apenas ultrapassar os limites da computação atual, mas também abrir portas para soluções inovadoras em várias áreas, posicionando o país na vanguarda da pesquisa tecnológica global.