Anvisa veta azeites Almanara e Escarpas das Oliveiras. Quatro marcas estão proibidas de serem vendidas no Brasil
Novas proibições ampliam lista de azeites irregulares
Nesta quinta-feira (22), a Anvisa proibiu a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso dos azeites das marcas Almanara e Escarpas das Oliveiras. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, baseia-se em denúncias do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) que identificaram origem desconhecida e irregularidades nos produtos.
As embalagens desses azeites indicavam como responsável a empresa Oriente Mercantil Importação e Exportação Ltda., cujo CNPJ foi extinto em novembro de 2023. As marcas apresentavam falhas na rotulagem, ausência de licenciamento sanitário e não possuíam registro no Ministério da Saúde. As autoridades classificaram esses alimentos como adulterados ou falsificados.
Proibições anteriores reforçam alerta aos consumidores
Na terça-feira (20), a Anvisa já havia proibido os azeites das marcas Alonso e Quintas D’Oliveira. Esses produtos também apresentavam origem desconhecida, irregularidades na rotulagem e ausência de registro sanitário. As embalagens indicavam como responsável a empresa Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga Ltda., com CNPJ inexistente na Receita Federal.
As análises detectaram a presença de óleos vegetais não identificados na composição dos azeites, comprometendo sua qualidade e segurança. As autoridades consideraram as marcas impróprias para consumo e as classificaram como alimentos adulterados.
Recomendações para evitar produtos irregulares
Diante das recentes proibições, o governo orienta os consumidores a adotarem precauções na compra de azeites:
- Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado.
- Verifique se a empresa está registrada no MAPA.
- Consulte a lista de produtos irregulares divulgada pelo MAPA.
- Evite comprar azeite a granel.
- Atente-se à data de validade e aos ingredientes listados no rótulo.
- Prefira produtos com data de envase mais recente.
O azeite de oliva foi líder em casos de falsificação de produtos de origem vegetal em 2024, segundo relatório do Programa Nacional de Combate à Fraude (PNFraude) do Ministério da Agricultura. A vigilância dos consumidores é essencial para garantir a segurança alimentar.