Após 73 dias sem ataques, Rússia lança mísseis contra Kiev, enquanto tropas norte-coreanas ajudam em Kursk. Defesas ucranianas derrubam drones e mísseis
Retorno dos ataques a Kiev
Nesta quarta-feira (13), a Rússia lançou mísseis e drones contra Kiev, marcando o primeiro grande ataque em 73 dias. A capital ucraniana estava em relativa tranquilidade desde agosto, mas voltou a enfrentar intensos bombardeios. Segundo a Força Aérea Ucraniana, o ataque incluiu seis mísseis balísticos e 90 drones direcionados a diferentes regiões da Ucrânia. Em Kiev, as defesas antiaéreas interceptaram quatro mísseis e 37 drones, minimizando o impacto dos ataques.
O governo local orientou os cidadãos a se abrigarem em locais seguros, como estações de metrô, diante das novas ameaças. Explosões foram registradas em várias partes da cidade, e um incêndio atingiu um armazém na região metropolitana. No entanto, as autoridades locais informaram que os danos na capital foram controlados e não houve vítimas fatais. Este novo ataque acende um alerta para possíveis investidas durante o inverno, especialmente contra a infraestrutura energética ucraniana.
Envolvimento de tropas norte-coreanas
Enquanto a Ucrânia lida com ataques aéreos em seu território, a situação na fronteira russa de Kursk também ganhou atenção. O Pentágono confirmou que a Coreia do Norte enviou mais de 10 mil soldados para apoiar a Rússia no conflito. As tropas norte-coreanas estão sendo treinadas em Kursk para atuar em funções de artilharia e combate, além de receberem instruções sobre operações com drones e limpeza de trincheiras.
Esse apoio internacional tem potencial para intensificar o conflito e complicar os esforços de resistência ucranianos. Segundo as autoridades norte-americanas, a presença desses soldados indica um nível de colaboração maior entre Pyongyang e Moscou. As forças russas também ampliaram seu contingente na fronteira, com cerca de 50 mil soldados posicionados em Kursk, como parte de uma estratégia para conter as forças ucranianas que se aproximaram da área recentemente.
Este cenário reflete uma escalada no conflito, que continua a envolver atores globais e reforça as tensões internacionais. A expectativa é que, com o aumento dos ataques, o governo ucraniano intensifique a defesa de suas infraestruturas críticas e prepare a população para novos períodos de instabilidade energética e insegurança.