O Presidente Daniel Noboa e a candidata de esquerda Luisa González disputarão o segundo turno das eleições presidenciais do Equador em 13 de abril
Resultados do primeiro turno
No último domingo (9), o Equador realizou o primeiro turno das eleições presidenciais. Com 91% dos votos apurados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o presidente Daniel Noboa lidera com 44,3% dos votos válidos, enquanto a candidata de esquerda, Luisa González, obteve 43,8%. A diferença de menos de 50 mil votos indica uma disputa acirrada no segundo turno, marcado para 13 de abril.
A participação eleitoral foi significativa, com 82,3% dos eleitores comparecendo às urnas. O pleito transcorreu de forma pacífica, sem registros de incidentes violentos, contrastando com a eleição anterior, marcada por episódios de violência relacionados ao narcotráfico.
Perfis dos candidatos
Daniel Noboa, empresário de 37 anos, assumiu a presidência do Equador em outubro de 2023, após eleições antecipadas devido à renúncia do ex-presidente Guillermo Lasso. Durante seu mandato, Noboa implementou políticas de segurança rigorosas contra o narcotráfico, recebendo críticas internacionais por alegações de violações de direitos humanos.
Luisa González é associada ao ex-presidente Rafael Correa e representa o Movimento Revolução Cidadã. Após os resultados do primeiro turno, González celebrou o que chamou de “grande vitória”, interpretando o desempenho como um desejo de mudança por parte do eleitorado equatoriano.
Desafios para o segundo turno
A campanha para o segundo turno promete ser intensa, com ambos os candidatos buscando conquistar os eleitores indecisos e os que apoiaram outros candidatos no primeiro turno. A segurança pública e o combate ao narcotráfico continuam sendo temas centrais, especialmente considerando o aumento da violência relacionada às drogas nos últimos anos.
Além disso, a economia equatoriana enfrenta desafios significativos. Após os resultados do primeiro turno, os mercados reagiram negativamente, com os títulos da dívida equatoriana em dólares registrando quedas acentuadas. Investidores demonstram preocupação com uma possível vitória de González, devido ao histórico de inadimplência da dívida nacional durante o governo de Rafael Correa em 2008.
O segundo turno das eleições presidenciais no Equador está marcado para 13 de abril. Até lá, os candidatos intensificarão suas campanhas na tentativa de assegurar a vitória e liderar o país nos próximos anos.