Fátima Bosch é coroada Miss Universo 2025 após polêmica com diretor do concurso; triunfo vira símbolo de empoderamento e reação feminina
Reviravolta nos bastidores
Coroada Miss Universo 2025 nesta sexta-feira, Fátima Bosch iniciou sua jornada de vitória em meio à maior polêmica da história recente do concurso. A mexicana tornou-se favorita após ser insultada publicamente pelo diretor Nawat Itsaragrisil durante um evento oficial da competição. O incidente, transmitido ao vivo, ocorreu quando o executivo criticou a candidata por não publicar conteúdo suficiente sobre a Tailândia. Ele elevou o tom, chamou Bosch de “estúpida” e ordenou que ela se calasse, o que deixou o ambiente tenso. A mexicana permaneceu firme e respondeu que tinha o direito de usar sua voz, evidenciando sua postura segura.
A transmissão capturou o exato momento em que outras misses se levantaram para apoiá-la. O gesto coletivo ampliou a repercussão do caso, gerando indignação internacional. Bosch deixou o local visivelmente abalada, mas determinada a continuar na competição. O episódio rapidamente viralizou e se tornou símbolo de resistência feminina. Sua reação madura diante da hostilidade reforçou sua imagem pública. A coroação, portanto, surgiu como desfecho de força e superação.
Repercussão mundial
A polêmica ganhou destaque em diversos países e chegou às autoridades mexicanas, incluindo a presidente Claudia Sheinbaum, que elogiou a postura da miss. A Organização Miss Universo (MUO, na sigla em inglês), condenou imediatamente o comportamento de Nawat, classificando o ato como humilhação pública. Raúl Rocha, presidente da MUO, afirmou que adotará medidas legais para preservar os valores de respeito e dignidade. Ele declarou que limitaria ao máximo a participação de Nawat, embora o executivo ainda tenha aparecido em eventos do concurso.
Em uma coletiva, Nawat pediu desculpas, alegando pressão extrema e negando ter tido a intenção de insultar a candidata. Mesmo assim, o público continuou questionando sua permanência. O incidente reabriu debates sobre condutas abusivas em concursos de beleza. Várias candidatas reforçaram o apoio à mexicana, destacando que a atitude da organização deveria ser firme. O caso também alimentou discussões sobre machismo e hostilidade estrutural no ambiente das competições. Esse contexto adverso acabou elevando a visibilidade de Bosch e fortalecendo sua imagem pública. Sua dignidade diante da hostilidade sustentou sua trajetória até a final.
Vitória celebrada
A coroação de Fátima Bosch, entregue pela Miss Universo anterior, Victoria Kjær Theilvig, consolidou a narrativa de superação. O público reagiu com entusiasmo ao anúncio, reconhecendo não apenas a beleza, mas a resiliência da vencedora. Bosch emocionou o palco ao reafirmar que pretende usar a coroa para amplificar vozes femininas. Ela agradeceu às colegas e ao público que a apoiou desde o início do escândalo. Sua vitória também reacendeu debates sobre o papel do concurso na promoção de causas sociais.
A mexicana destacou que ninguém pode negociar dignidade e respeito. A repercussão internacional tratou sua coroação como um marco simbólico. Para muitos, Bosch personifica uma mudança necessária dentro dos concursos de beleza. A final reforçou que comportamentos abusivos não devem ser tolerados. A presença da mexicana no pódio renova expectativas sobre um Miss Universo mais ético. Sua trajetória agora ecoa como um convite global ao empoderamento feminino.



