Governo paulista expande uso de câmeras corporais na PM, adquirindo 12 mil novos dispositivos para aumentar a transparência e eficiência nas operações policiais
O governo paulista anunciou, nesta sexta-feira (20), a ampliação do uso de câmeras corporais na PM. A decisão coincide com parecer favorável do MPSP enviado ao STF no mesmo dia, reforçando a importância dos dispositivos em operações policiais. A iniciativa visa modernizar a gestão da segurança pública e aumentar a transparência nas ações.
Novas funcionalidades e economia para o Estado
Os novos equipamentos incorporam tecnologias avançadas, como reconhecimento facial e leitura de placas de veículos, além de melhorias na conectividade. Essas funcionalidades integram-se ao Programa Muralha Paulista, que visa reforçar o controle nas fronteiras estaduais e auxiliar na identificação de foragidos da Justiça e veículos roubados.
Além das inovações tecnológicas, o novo contrato representa uma economia significativa para o tesouro estadual. Apesar do aumento no número de câmeras, o custo anual será de R$ 51,9 milhões, uma redução de 45,9% em relação ao contrato anterior, que totalizava R$ 96 milhões por ano. Apontam essa eficiência financeira como um marco para o programa de monitoramento.
Debates sobre o modo de operação das câmeras
A principal mudança nos novos dispositivos refere-se ao modo de gravação. Diferentemente das câmeras anteriores, que registravam de forma contínua, os novos modelos permitem que a gravação seja iniciada manualmente pelo policial ou remotamente pelo Copom. Essa alteração gerou preocupações entre entidades de direitos humanos, que temem a possibilidade de interrupção das gravações durante as operações.
Em resposta às críticas, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que as novas câmeras possuem um sistema de “buffer” capaz de armazenar imagens dos 90 segundos anteriores à ativação, garantindo o registro completo das ocorrências. O Copom vê o acionamento remoto como uma medida adicional para assegurar a transparência e a segurança nas operações policiais. Esses avanços sinalizam o compromisso do governo paulista em equilibrar transparência, economia e inovação.