Presidente ucraniano critica ausência de Putin e envia delegação liderada por ministro da Defesa para negociações em Istambul
Zelensky critica ausência de Putin
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cancelou sua participação nas negociações de paz com a Rússia, previstas para esta quinta-feira (15) em Istambul, após a confirmação de que o presidente russo, Vladimir Putin, não compareceria ao encontro. Em vez disso, Zelensky enviará uma delegação liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, para representar a Ucrânia nas conversas.
Zelensky expressou descontentamento com a ausência de Putin, afirmando que a decisão russa demonstra falta de seriedade nas negociações. Ele também criticou a composição da delegação russa, composta por oficiais de baixo escalão, considerando-a um sinal de desrespeito pessoal e institucional.
Reações internacionais
A ausência de Putin nas negociações em Istambul gerou críticas de líderes internacionais. O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, classificou a decisão como um “tapa na cara”, indicando que a Rússia não está comprometida com uma solução pacífica para o conflito. Outros líderes europeus também expressaram ceticismo quanto à disposição da Rússia em buscar a paz.
As negociações em Istambul seriam as primeiras conversas diretas entre Ucrânia e Rússia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. A Turquia, que já sediou negociações anteriores, continua a se oferecer como mediadora para futuras conversas de paz.
Futuras negociações
Apesar do cancelamento de sua participação, Zelensky reiterou o compromisso da Ucrânia com a busca por um cessar-fogo e uma solução diplomática para o conflito. Ele enfatizou a necessidade de um maior comprometimento por parte da Rússia e pediu por sanções adicionais caso Moscou continue a demonstrar falta de interesse em encerrar a guerra.
Enquanto isso, o Kremlin afirmou que está disposto a negociar, mas impôs condições, como a garantia de neutralidade da Ucrânia e o veto à sua adesão à OTAN. Essas exigências têm sido pontos de discórdia nas tentativas anteriores de acordo.