A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo, em Nova York, após dois anos lutando contra um câncer agressivo no intestino
A cantora, apresentadora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em Nova York, onde estava internada para tratamento contra um câncer no intestino. Sua assessoria de imprensa e seu pai, Gilberto Gil, confirmaram a informação nas redes sociais. A artista havia viajado aos Estados Unidos no início de maio para se submeter a terapias experimentais em instituições de referência mundial.
Nos últimos dias, seu estado de saúde se agravou e ela precisou ser hospitalizada na capital americana. Familiares próximos e amigos a acompanhavam nesse momento delicado. A família já iniciou os trâmites para repatriação do corpo. Famosos e autoridades prestaram homenagens à cantora ao longo do dia.
Luta pela vida
Preta foi diagnosticada com câncer no intestino em janeiro de 2023. O tratamento inicial incluiu sessões de quimioterapia, radioterapia e uma cirurgia complexa realizada em dezembro do mesmo ano. Em 2024, comemorou a remissão da doença, mas anunciou sua volta meses depois, com metástases em diferentes órgãos. Apesar da gravidade do quadro, a artista se manteve presente nas redes sociais e dividiu com o público momentos de vulnerabilidade, força e fé.
Ao optar por buscar tratamentos nos Estados Unidos, Preta esperava ter acesso a alternativas terapêuticas mais avançadas. Médicos do Virginia Cancer Institute, em Washington, e do Memorial Sloan Kettering, em Nova York, atenderam ela. Mesmo debilitada, manteve-se rodeada de afeto. Francisco, seu filho, e amigos como Gominho e Ju de Paulla estiveram ao seu lado até os últimos dias.
Carreira e legado
Filha de Gilberto Gil com Sandra Gadelha, Preta construiu uma carreira marcada por irreverência, diversidade e posicionamento político e social. Estreou na música com o disco “Prêt-à-Porter”, em 2003, desafiando padrões estéticos e enfrentando críticas conservadoras. Ao longo de duas décadas, lançou álbuns, participou de programas de TV, atuou em novelas e criou o icônico Bloco da Preta, um dos maiores do carnaval do Rio.
Como empresária, fundou a agência Mynd, que se tornou referência em marketing de influência e representação de artistas. Preta também era ativista das causas LGBTQIA+ e feministas, e abriu espaço para o debate público sobre autoaceitação e saúde mental. Em 2024, lançou sua autobiografia, na qual compartilhou detalhes íntimos da vida pessoal, incluindo a descoberta do câncer e o fim do casamento com Rodrigo Godoy. A artista deixa o filho Francisco e a neta Sol de Maria. Sua presença e voz seguirão marcadas na memória cultural brasileira.