Israel bombardeia centros nucleares no Irã; Khamenei desafia Trump e alerta que intervenção dos EUA trará consequências graves e irreparáveis
Israel iniciou um ataque aéreo nesta quarta-feira (18), contra complexos nucleares iranianos, incluindo locais de produção de centrífugas de urânio em Natanz, Fordow e Karaj, usando mais de 200 caças. A Agência Internacional de Energia Atômica confirmou a destruição de diversas instalações, incluindo laboratórios de centrífugas avançadas. Esse ataque marca um avanço significativo na chamada “Operação Leão em Ascensão”, que abrangeu cerca de 100 alvos relacionados ao programa nuclear e militar iraniano.
Acompanhando a ofensiva, o Irã disparou mísseis balísticos hipersônicos Fattah‑1 contra território israelense, conforme anunciado pela Guarda Revolucionária. Israel interceptou aproximadamente 10 mísseis com sistemas como o Arrow, além de derrubar drones sobre o Mar Morto. Um drone israelense também foi abatido por defesa iraniana dentro do Irã.
O confronto avança para seu sexto dia, e o Irã lançou uma operação massiva batizada de “Promessa Verdadeira III”, com mais de 150 mísseis balísticos e 100 drones. Esses ataques atingiram infraestruturas civis e militares em Haifa, Tel Aviv e Jerusalém, resultando em vítimas civis e danos industriais. Israel declarou mobilização de reservistas e estado de emergência, alertando que retaliará se houver novas agressões .
Khamenei reage a Trump
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, respondeu hoje às ameaças feitas por Donald Trump. Em discurso, Khamenei declarou que o Irã não cederá diante de exigências americanas e alertou que qualquer ataque dos EUA terá “consequências sérias e irreparáveis”. Ele ainda chamou Trump de “has‑been warmonger” e garantiu que o país não se intimidará frente a imposições.
Trump emitiu ontem uma exigência de “rendição incondicional” ao Irã, afirmando conhecer o paradeiro de Khamenei mas sem pretender matá-lo “por ora”. Hoje ele declarou que sua paciência “já se esgotou” mas evitou confirmar se os EUA vão intervir militarmente . O presidente americano sinalizou que os EUA podem participar de ações, mas sob condições ainda indefinidas .
A comunidade internacional acompanha com apreensão, pois há grande risco de escalada regional. No entanto, analistas afirmam que uma Terceira Guerra Mundial ainda permanece improvável, já que potências estrangeiras evitam confronto direto.