Governo construirá seis Casas da Mulher Indígena para acolher e combater a violência contra mulheres indígenas, respeitando suas culturas e biomas
O governo brasileiro está se preparando para inaugurar seis Casas da Mulher Indígena (CAMI) até 2025, como parte do esforço para enfrentar a violência contra mulheres indígenas. O Ministério das Mulheres (MMulheres), em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), está desenvolvendo projetos arquitetônicos específicos para cada unidade. Esses espaços terão uma infraestrutura adaptada às necessidades de cada bioma, como Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica.
O projeto é uma resposta à vulnerabilidade enfrentada por essas mulheres, que sofrem com múltiplas formas de violência associadas a fatores culturais, históricos e sociais. O trabalho inclui consultas a lideranças indígenas e órgãos governamentais, garantindo que o planejamento atenda às realidades locais. A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, destacou que essas casas serão espaços sensíveis às tradições indígenas, promovendo autonomia comunitária.
Atendimento multidisciplinar
As CAMIs oferecerão acolhimento, apoio psicológico e assistência jurídica para mulheres indígenas em situação de violência. Além disso, equipes multidisciplinares atuarão na formação de lideranças e na conscientização das comunidades sobre os direitos das mulheres. Esses serviços buscam respeitar as tradições culturais e garantir a dignidade das vítimas.
O modelo será inspirado na Casa da Mulher Brasileira, que já funciona em várias cidades do Brasil. Porém, as CAMIs terão adaptações culturais e arquitetônicas específicas para as populações indígenas. Com um planejamento inclusivo, o governo também prioriza o empoderamento econômico das mulheres por meio de qualificação profissional.
O projeto faz parte de um esforço maior do governo para expandir os serviços de proteção às mulheres. A meta é inaugurar 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira até 2026, em todas as unidades da federação.
Fonte: Agência Brasil