Debate do Estadão é marcado por ofensas e propostas vagas

Debate Estadão/Terra com os candidatos à Prefeitura de São Paulo

O segundo debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado nesta quarta-feira (14). Promovido pelo Estadão, Terra e Faap, foi caracterizado por intensas trocas de ofensas e propostas pouco aprofundadas. Com a participação de seis candidatos – Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) – o evento destacou o clima tenso que deve dominar a corrida eleitoral na capital paulista.

O debate foi estruturado em cinco blocos, cobrindo temas como educação, transporte, economia, meio ambiente, urbanismo e segurança pública. Com a mediação da jornalista Roseann Kennedy, o formato favoreceu a troca direta de perguntas entre os candidatos, resultando em confrontos verbais e um ambiente carregado de provocações.

Trocas de ofensas entre Marçal e Boulos

As discussões mais acaloradas da noite ocorreram entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal, que protagonizaram uma série de trocas de farpas durante o debate. A discussão começou no segundo bloco, quando Marçal, ao repetir a promessa de criar o modal teleférico, provocou risos na plateia.

“Você é um mentiroso compulsivo. Você é o Padre Kelmon dessa eleição. Veio para tumultuar, é uma caricatura” afirmou Boulos.

“Se eu sou o Padre Kelmon, eu vou exorcizar o demônio (Boulos) com uma carteira de trabalho. Nunca trabalhou, é um grande vagabundo. Você nunca será prefeito de São Paulo enquanto houver homens aqui nessa cidade”, respondeu Marçal.

A troca de insultos continuou após ambos deixarem o púlpito. Marçal seguiu Boulos apontando uma carteira de trabalho, e o candidato do PSOL tentou tirar o documento da mão do adversário com um tapa. A tensão aumentou, e um membro da produção do debate precisou intervir para separar os dois. Em seguida, o psolista se levantou para o próximo embate.

Propostas pouco exploradas

Apesar das intensas trocas de acusações, os candidatos tiveram a chance de apresentar algumas propostas para São Paulo. No primeiro bloco, dedicado à educação, Ricardo Nunes e Marina Helena discutiram temas como o modelo de creches conveniadas e o programa “Saúde para Todes” da Secretaria Municipal de Saúde, que Marina criticou por abordar questões de gênero nas escolas. Nunes defendeu sua gestão, destacando realizações e minimizando os ataques pessoais.

Guilherme Boulos e José Luiz Datena também abordaram o desafio de erradicar o analfabetismo na cidade, com Boulos propondo um “mutirão Paulo Freire” fora das escolas, enquanto Datena, que se mostrou mais preparado do que no debate anterior, defendeu a meta de garantir que as crianças saibam ler e escrever aos oito anos.

No segundo bloco, que tratou de economia, Marina Helena e Tabata Amaral discutiram o papel da prefeitura na promoção do desenvolvimento da capital. Enquanto Tabata propôs a criação de parques tecnológicos e parcerias público-privadas para a formação de novos talentos. Marina defendeu a redução da intervenção estatal, associando as propostas de Tabata ao PT. As duas candidatas também se confrontaram sobre a gestão da Fundação Paulistana de Educação e da Agência São Paulo de Desenvolvimento (Adesampa).

Debate se torna palco de críticas a Ricardo Nunes

O atual prefeito, Ricardo Nunes, foi alvo de críticas frequentes ao longo do debate, especialmente por parte de Tabata Amaral e Guilherme Boulos. Ambos atacaram Nunes em questões relacionadas à segurança pública e à manutenção de contratos com empresas de ônibus investigadas por envolvimento com o crime organizado. Tabata relembrou o elogio de Nunes à empresa UPBus, investigada pelo Ministério Público, enquanto Boulos criticou declarações de Mello Araújo, vice de Nunes, sobre a atuação da polícia em diferentes áreas da cidade.

Boulos e Tabata também discutiram sobre como financiar os planos de segurança propostos, com a candidata do PSB questionando se Boulos aumentaria impostos para implementar suas propostas. O candidato do PSOL negou a intenção de aumentar tributos, afirmando que seu plano de governo se encaixa no orçamento existente.

Marina Helena tenta se posicionar como candidata de direita

Marina Helena, em seu primeiro debate, tentou se posicionar como a única candidata de direita, frequentemente apelando para pautas conservadoras e citando o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, como exemplo de gestão. Ela fez alianças com Pablo Marçal e criticou Nunes, buscando atrair eleitores conservadores descontentes com o atual prefeito. Marçal e Marina Helena se elogiaram mutuamente. O candidato do PRTB descreveu a economista como uma mulher “guerreira, inteligente e bem-intencionada”.

O debate demonstrou que a disputa pela Prefeitura de São Paulo está acirrada, com os candidatos focando em ataques pessoais e estratégias para desestabilizar os adversários. As trocas de ofensas, especialmente entre Boulos e Marçal, ofuscaram discussões mais aprofundadas sobre as propostas para a cidade, mas deixaram claro que o caminho até a eleição será marcado por confrontos intensos e polarização política.

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