Presidente mais jovem da história do Equador, Daniel Noboa conquista reeleição e promete intensificar ações contra o crime organizado no país
O presidente Daniel Noboa garantiu mais quatro anos no comando do Equador após vencer o segundo turno neste domingo (13), com cerca de 55% dos votos válidos. A vitória sobre a candidata de esquerda Luisa González ocorreu com uma vantagem de mais de um milhão de votos, segundo dados oficiais divulgados com 90% das urnas apuradas.
Conhecido pela postura firme contra o narcotráfico, Noboa reforçou durante a campanha que pretende seguir com políticas rigorosas de segurança. Em seu discurso, prometeu ampliar o envio de militares às ruas e às prisões para conter o avanço das facções criminosas.
Daniel Noboa assumiu a Presidência do Equador em 2023, aos 35 anos, tornando-se o presidente mais jovem da história do país. Na época, assumiu o mandato tampão deixado por Guillermo Lasso. Reeleito agora, ele inicia um novo ciclo a partir de 24 de maio.
Filho de um magnata do setor bananeiro que tentou a presidência cinco vezes, Noboa nasceu nos Estados Unidos e é formado por instituições internacionais. Casado com a influenciadora Lavinia Valbonesi, é ativo nas redes sociais, onde aparece tanto em trajes militares quanto tocando guitarra ou praticando esportes.
Segurança e controvérsias marcam o governo
Para enfrentar o crime organizado, Noboa declarou “conflito armado interno” e promoveu operações em presídios com forte presença militar. As imagens de presos rendidos e seminus renderam comparações com a gestão de Nayib Bukele, de El Salvador. Por outro lado, sua gestão enfrenta críticas de entidades de direitos humanos, que apontam excessos nas ações policiais. Noboa também se envolveu em polêmicas diplomáticas, como a ruptura com o México após a entrada da polícia equatoriana na embaixada mexicana em Quito.
Apesar das críticas, Noboa mantém índices de aprovação elevados. Analistas, no entanto, alertam que ele precisará mostrar resultados concretos na área da segurança para manter a legitimidade conquistada nas urnas. As autoridades registraram mais de 600 prisões e apreensões de armas em todo o país durante o pleito, reforçando o clima de tensão no processo eleitoral equatoriano.