G20 no Rio reúne líderes mundiais para debater combate à fome, mudanças climáticas e taxação global dos super-ricos, com Brasil passando presidência à África do Sul
Prioridades brasileiras na cúpula do G20
A Cúpula de Líderes do G20 começou nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro, reunindo 19 chefes de Estado e representantes de governos. O Brasil, como presidente rotativo do grupo em 2024, destacou três eixos principais: combate à fome e desigualdade, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global.
O Brasil propôs a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, já com apoio de 148 membros, entre países e organizações internacionais. Essa iniciativa busca atender 500 milhões de pessoas no mundo, consolidando a presidência brasileira como um marco de ações concretas para enfrentar desafios globais.
Taxação global e desafios diplomáticos
Uma das propostas mais polêmicas é a taxação global de super-ricos, sugerida pelo Brasil e baseada nas ideias do economista Gabriel Zucman. Com um imposto de 2% sobre bilionários, espera-se arrecadar até US$ 250 bilhões anuais para financiar ações climáticas e sociais.
Entretanto, a proposta enfrenta resistência de países como Estados Unidos e Alemanha, além da Argentina, que adotou uma postura mais crítica após a vitória de Donald Trump nos EUA. Apesar das divergências, o tema continua no centro dos debates, sinalizando os desafios de alcançar consenso em um grupo tão diverso.
Esforços para um acordo final
A programação da cúpula inclui seções sobre reforma da governança global, desenvolvimento sustentável e transições energéticas, com encerramento na terça-feira (19). A expectativa é de que o Brasil entregue à África do Sul um G20 mais coeso e com compromissos significativos.
Os debates no Rio reforçam a relevância do G20 em abordar questões urgentes, como mudanças climáticas e segurança alimentar. Apesar dos desafios diplomáticos, o evento promete avanços importantes, consolidando o papel do Brasil na liderança global.