Brasil pode alcançar grau de investimento até 2026, segundo Haddad. O ministro destaca progresso na nota da dívida pública e medidas fiscais
Brasil rumo ao grau de investimento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil pode conquistar o grau de investimento até 2026. Essa meta é ambiciosa, mas viável, segundo o ministro. A declaração foi feita após a Moody’s elevar a nota da dívida pública do país. A nova classificação passou de Ba2 para Ba1, aproximando o Brasil do status de bom pagador.
O grau de investimento é um selo que indica segurança para investidores. As agências de classificação de risco concedem esse selo. Ele significa que o país é considerado capaz de honrar suas dívidas. A ausência desse selo pode encarecer o acesso a financiamentos e investimentos.
Melhora da nota pela Moody’s
A decisão da Moody’s representa um avanço significativo para a economia brasileira. No entanto, o Brasil ainda está um nível abaixo do grau de investimento. Outras agências, como Fitch e S&P Global, mantêm o país em níveis mais baixos. A melhora na nota da Moody’s reflete os esforços do governo em ajustar as contas públicas.
Haddad enfatizou que a equipe econômica precisa continuar firme em suas ações. Ele destacou a importância do equilíbrio entre despesas e receitas. Segundo o ministro, essa continuidade é fundamental para alcançar a estabilidade da relação dívida/PIB. Esse equilíbrio é essencial para reduzir os juros que corrigem a dívida do governo.
Reuniões com agências de classificação
Recentemente, Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontraram com representantes das agências de classificação. Essas reuniões ocorreram durante uma viagem oficial a Nova York. O encontro teve como objetivo reforçar a confiança dos investidores no Brasil. A resposta positiva da Moody’s foi uma consequência desse diálogo.
A Moody’s destacou o crescimento robusto do PIB como um fator crucial. Além disso, elogiaram as reformas econômicas, assim como a tributária. Essas reformas visam melhorar o ambiente de negócios e a alocação de tributos. A agência também mencionou o plano de transição energética, que pode atrair investimentos e reduzir vulnerabilidades.
O caminho para o grau de investimento é desafiador, mas possível. A permanência nas boas práticas fiscais e econômicas será determinante. A trajetória positiva da nota da dívida pública é um reflexo das ações do governo. Se essas diretrizes forem seguidas, o Brasil poderá voltar a ser considerado um bom pagador em um futuro próximo.