Pesquisa do Reclame AQUI revela como consumidores lidam com a alta dos preços, ajustando hábitos e buscando alternativas para economizar
Impacto da inflação no cotidiano
Há alguns meses uma ida aos supermercados e às feiras não está fácil para os brasileiros. Produtos da cesta básica como café, leite, óleo, além de frutas e verduras e demais itens de grande procura têm registrado altas nos preços. O que leva os consumidores a fazerem uma verdadeira ginástica no orçamento, impactado significativamente o cotidiano.
Uma pesquisa realizada pelo Reclame AQUI sobre o tema aponta uma perspectiva nada positiva, pois para 83,78% essa alta de preços deve continuar nos próximos meses. Trata-se mais do que uma adaptação de orçamento, as atitudes dos consumidores já passam por cortes e/ou trocas de itens na alimentação, recálculo no custo de vida e repriorização de onde alocar cada recurso todos os meses.
Produtos com maiores aumentos
De modo geral, a percepção dos consumidores consultados é de que tudo aumentou, independentemente do tipo de produto. No entanto, alguns itens puxam a lista quando os consumidores foram questionados em quais produtos eles notaram maiores altas: café (83,46%); carnes (82,02%); óleos e azeites (67,52%); hortifruti (frutas, legumes e verduras) (55,86%); grãos (arroz, feijão, etc.) (51,18%); laticínios (leite, queijo, iogurtes…) (49,52%); e ovos (34,47%). Ainda foram mencionados pelos consumidores, material de limpeza e higiene pessoal.
Mudança de hábitos de consumo
A consulta aos consumidores no site aconteceu nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2025 e contou com a participação de mais de 4 mil pessoas. O levantamento mostra que o principal impacto da alta dos preços no orçamento mensal é o freio definitivo no consumo de alguns alimentos (28,32%), além da diminuição da compra de muitos itens (27,35%) e a tradicional troca de marcas por opções mais baratas (22,02%).
Buscando outras saídas, os respondentes apontaram que têm deixado de viver momentos de lazer e reduzido as idas ao supermercado, escolhendo os dias estrategicamente. Além disso, muitos estão redirecionando valores que seriam gastos em outras categorias de consumo para complementar a alimentação, como os cuidados com a saúde.
Estratégias para driblar os preços altos
Atitudes como as listadas acima mostram o quanto o poder de compra dos brasileiros começa o ano enfraquecido e, ainda, o quanto essa alta pode impactar em outros setores como varejo, serviços, lazer e entretenimento, por exemplo. E até levar à inadimplência, já que pode gerar dificuldade do planejamento financeiro pessoal e familiar, deixando outras contas de lado.
O estudo ainda mostra que 58,72% dos respondentes têm feito reorganização financeira para poder se alimentar com qualidade e atender às necessidades. Isso passa por redução do consumo de certos alimentos. Já 53,86% têm feito mais pesquisas de preços e compras em diferentes estabelecimentos. Além disso, 44,63% fazem comparações de marcas para encontrar opções mais em conta.
E para uma ida ao mercado caber no bolso é preciso muita criatividade na cozinha para fazer mais com menos. Assim como escolher os dias para ir aos supermercados e até reduzir essas idas, focar em promoções e optar por produtos e produtores locais e regionais. Os consumidores na pesquisa apontaram até mesmo estudar mudanças de cidade em busca de custos de vida menores como uma das atitudes.
Dicas do Reclame AQUI para amenizar a alta dos preços
- Pesquise preços: Sempre compare os preços dos produtos em diferentes estabelecimentos, isso ajuda a encontrar variedade e a economizar mais.
- Planeje suas refeições: Mapear o preparo e consumo dos alimentos pode ajudar a evitar desperdícios e ser mais objetivo na hora da compra.
- Priorize seus gastos e planeje o orçamento: Ter os gastos mapeados e uma visão macro do que sobra de dinheiro pode ajudar a evitar compras por impulso, desperdícios e gastos excessivos.
- Busque alternativas: Mapeie produtos e serviços mais acessíveis ao que você costuma, é uma boa forma de economizar.