Tentativa de fuga em Bangu falha após grupo errar penitenciária e policial penal impedir entrada de materiais ilícitos
Uma tentativa de fuga terminou frustrada na madrugada deste domingo (21), no Rio de Janeiro, depois que um grupo responsável por auxiliar presos se dirigiu à penitenciária errada. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informou que a ação ocorreu no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital.
Um policial penal percebeu a movimentação suspeita e agiu rapidamente para impedir o avanço do plano. A ocorrência expôs falhas na articulação criminosa e reforçou o alerta sobre tentativas de resgate externo. A Seap confirmou que ninguém ficou ferido durante a ação. As equipes de segurança isolaram a área e iniciaram os protocolos internos. O caso mobilizou agentes durante toda a madrugada. A secretaria acompanha o andamento das investigações.
O policial penal de plantão na guarita identificou uma movimentação incomum no perímetro externo do Presídio Lemos Brito. Ao notar a tentativa de aproximação, ele reagiu imediatamente para impedir o ingresso de materiais ilícitos na unidade. Segundo a Seap, o agente efetuou disparos com o objetivo de afastar os suspeitos e conter a ação criminosa. O grupo fugiu do local antes de conseguir acessar o interior do presídio.
Durante a varredura, os agentes encontraram uma bolsa abandonada. Dentro dela, localizaram quatro discos de maquita, usados para o corte de estruturas metálicas. A equipe também constatou que uma corrente apresentava sinais de serragem parcial. O material indicou que os envolvidos planejaram a ação com antecedência. Apesar disso, o erro na escolha da unidade comprometeu o plano. A atuação rápida evitou danos maiores à segurança do complexo.
Presídio alvo era outro e presos iniciaram ação interna
As investigações preliminares apontaram que o grupo pretendia auxiliar presos custodiados no Presídio Nelson Hungria, unidade vizinha no Complexo de Gericinó. Por erro de orientação, os envolvidos se dirigiram ao Presídio Lemos Brito. Enquanto isso, quatro detentos no Nelson Hungria chegaram a iniciar o corte de grades no interior da penitenciária. A entrega das ferramentas era essencial para a continuidade do plano.
Com a falha da ação externa, os agentes interromperam rapidamente a tentativa de fuga. A Seap identificou os presos envolvidos e determinou a retirada imediata deles das celas. Em seguida, as autoridades transferiram os detentos para a Penitenciária de Segurança Máxima Bangu 1. A secretaria adotou a medida para reduzir riscos e impedir novas articulações.
Após o episódio, a Seap suspendeu as visitas ao Presídio Nelson Hungria no domingo. A decisão buscou garantir a segurança de servidores, internos e visitantes. A secretaria reforçou o monitoramento nas unidades do complexo e revisou procedimentos operacionais. Técnicos analisam as circunstâncias do caso para identificar falhas e possíveis conexões externas.
A Seap afirmou que colabora com as investigações e mantém ações contínuas de prevenção. O episódio reforçou a importância da vigilância constante e da atuação rápida dos policiais penais. A secretaria reiterou que segue adotando medidas para coibir tentativas de fuga e preservar a segurança do sistema penitenciário fluminense.



