Paola Carosella rebate especulações sobre sua filha e defende limites do humor: “limite não é censura”. Leia o seu desabafo completo
Chef expõe seus valores
Paola Carosella interrompeu o silêncio neste sábado (23), após repercussão intensa sobre sua participação no programa “De Frente com Blogueirinha”. A chef compartilhou uma reflexão profunda nas redes sociais, estabelecendo seu posicionamento com clareza e firmeza. Ela destacou a tensão entre liberdade de expressão e responsabilidade em sociedade. A mensagem surgiu em meio à polêmica causada por comentários sobre sua filha de 13 anos. A chef explicou que não esperava a magnitude das reações nas redes.
O post ressaltou que humor e ironia têm seu valor, mas precisam de limites. Carosella questionou onde termina a liberdade e onde começa o respeito. Ela chamou atenção para o fato de que muitos desconhecem os impactos legais de seus atos online. O texto foi uma convocação à reflexão coletiva, diante do uso livre das redes. A chef buscou mostrar que opiniões públicas têm consequência, ainda mais quando envolvem menores. Ela concluiu com um tom de esperança, celebrando sua filha e afirmando seu orgulho. Essa foi uma postura que vai além da reação imediata, propondo um debate necessário e urgente.
O que motivou o recado de Paola
O episódio teve início depois que Paola participou do programa “De Frente com Blogueirinha”, exibido na segunda-feira (18). Trechos da entrevista viralizaram, e em seguida, os vídeos foram removidos das redes por ambas. A repercussão escalou quando internautas começaram a comentar sobre os gostos musicais de Francesca — mencionadas Billie Eilish, Chappell Roan, Doechii e Reneé Rapp. Foram feitas insinuações sobre a sexualidade da adolescente, algo que a chef considerou inadequado e grave.
Paola ressaltou que milhares de adultos fizeram comentários sem pensar nas consequências legais ou emocionais. Ela enfatizou: “Não por uma pessoa, mas por milhares de adultos, que nem por um segundo pensaram quais poderiam ser as consequências disso. Pior ainda, muitos nem sabem que isso é crime.” O caso reacendeu o debate sobre exposição de menores nas redes sociais e suas implicações. A chef também apontou que a internet distorce falas e amplia críticas em velocidade avassaladora. Ela defendeu que liberdade não pode ser confundida com ofensa ou ataque gratuito. Segundo Paola, os limites do humor não estão na censura, mas no respeito. Sua fala transformou o debate em um alerta social sobre responsabilidade digital. O desabafo repercutiu imediatamente e mobilizou apoiadores em defesa da chef e de sua filha.
Leia abaixo a íntegra do desabafo publicado por Paola neste sábado:
“Há tempos sinto que o grande monstro que nos assombra como sociedade é a luta que travamos entre a nossa vontade de ser e fazer livremente e os limites que devemos respeitar para vivermos em sociedade. Lutamos pela liberdade de expressão, mas não conseguimos ainda, como sociedade, chegar a um consenso sobre quais são os limites dela. O humor e a ironia, quando bem usados, são libertadores. Podem traduzir dores profundas em sentimentos mais permeáveis. Sim, o humor é um bálsamo imprescindível para a vida, mas quais são os limites do humor?
Há quem defenda que não tem, que humor é ficção e que na ficção, tudo pode. E outra vez, não chegamos a consenso. A Internet é um labirinto de espelhos, onde tudo se deturpa, onde não parecem existir regras nem limites. O que aqui acontece, é verdade ou é ficção? Pode tudo? Parece que ainda não sabemos. No episódio de segunda feira no podcast da ‘Dia TV’, eu sabia que estava fazendo parte de um programa que tem o deboche como tempero, sabia que íamos ser irônicas. Aliás, a ironia é uma ferramenta que eu conheço bem. Debochei de mim mesma e do universo dos memes e fofocas que me cercam.
“Liberdade não é libertinagem”
O que eu nunca ia imaginar era que uma fala minha sobre os gostos musicais da minha filha (criança) teria os desdobramentos que teve. Não por uma pessoa, mas por milhares de adultos, que nem por um segundo pensaram quais poderiam ser as consequências disso. Pior ainda, muitos nem sabem que isso é crime. A vida coletiva exige responsabilidade e coerência. Exige respeitar a lei, cuidar dos mais vulneráveis, proteger os princípios básicos de liberdade de todos. Lá fora, e aqui dentro, as nossas escolhas definem o tipo de sociedade que podemos e queremos ser. Limite não é censura. Liberdade não é libertinagem. No mais, sempre vou ter brilho nos olhos e sentir orgulho ao falar da minha filha. Uma menina inteligente, sensível e doce, e, caso não tenha ficado claro, com um excelente gosto musical. Um belíssimo final de semana para vocês. Com amor, P.”