Salário mínimo aumenta para R$ 1.518 em 2025. Veja os impactos nos benefícios sociais, como INSS e PIS/Pasep, e como o reajuste afeta a economia
Aumento e composição do reajuste
O salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518 em 1º de janeiro de 2025, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor de 2024, que era de R$ 1.412. Esse reajuste corresponde a um acréscimo de 7,5%, composto pela reposição de 4,84% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e um ganho real de 2,5%.
A nova política de reajuste segue as diretrizes aprovadas pelo Congresso Nacional, que determinam aumentos reais entre 0,6% e 2,5% até 2030. Essa mudança busca equilibrar a valorização do salário mínimo com os limites fiscais estabelecidos pelo arcabouço fiscal.
Impacto na população
O reajuste do salário mínimo afeta diretamente a vida de cerca de 59 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, empregados domésticos, autônomos e aposentados. Benefícios sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda, e as aposentadorias do INSS são reajustados com base no novo valor.
Além disso, programas como o seguro-desemprego, o seguro-defeso e o abono salarial PIS/Pasep têm seus valores ajustados. O abono salarial, por exemplo, agora varia entre R$ 126,50 e R$ 1.518, dependendo do número de meses trabalhados no ano-base. A mudança também impacta os critérios para inscrição no Cadastro Único e as contribuições mensais dos Microempreendedores Individuais (MEIs).
Repercussões econômicas
A atualização do salário mínimo também influencia as contas públicas. A empresa Tendências Consultoria estima que a política de reajustes moderados gerará uma economia de R$ 110 bilhões até 2030, com uma redução de R$ 2 bilhões nos gastos em 2025.
Historicamente, entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve um ganho real de 77%, mas essa política foi suspensa entre 2018 e 2022. Com a retomada, o governo busca equilibrar a preservação do poder de compra dos trabalhadores e a sustentabilidade fiscal. O salário mínimo é mantido como um instrumento essencial de redução das desigualdades sociais.