Diane Keaton morre aos 79 anos na Califórnia; vencedora do Oscar e estrela de O Poderoso Chefão, deixa dois filhos e um legado inesquecível
A atriz Diane Keaton, vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 1977 e uma das figuras mais icônicas de Hollywood, morreu neste sábado (11), aos 79 anos, na Califórnia. Uma porta-voz da família confirmou a informação à revista People e pediu privacidade neste momento. As causas da morte não foram divulgadas até o fechamento desta matéria. Segundo pessoas próximas, Diane vinha mantendo uma rotina mais reservada nos últimos meses, afastada dos holofotes.
Sua morte provocou uma comoção imediata no meio artístico e nas redes sociais, com tributos vindos de colegas, diretores e admiradores do mundo inteiro. Woody Allen, Francis Ford Coppola e Warren Beatty foram alguns dos primeiros a lamentar publicamente a perda. A imprensa americana destacou que Keaton era uma artista “inimitável”, conhecida por seu estilo autêntico, humor singular e personagens femininas complexas. Mesmo aos 79 anos, continuava sendo referência de elegância, carisma e originalidade. Seu falecimento marca o fim de uma era do cinema norte-americano, especialmente para os fãs do cinema dos anos 1970.
Da Broadway a Hollywood
Nascida em 5 de janeiro de 1946, em Los Angeles, Diane Hall adotou o sobrenome Keaton ainda jovem, em homenagem ao sobrenome de solteira da mãe. Começou sua trajetória artística no teatro, participando da montagem original do musical Hair na Broadway, antes de migrar para o cinema. Seu primeiro papel relevante foi em Lovers and Other Strangers (1970), mas foi como Kay Adams, em O Poderoso Chefão (1972), que conquistou reconhecimento mundial.
A parceria com o diretor Francis Ford Coppola a transformou em um ícone instantâneo. Pouco depois, atuou ao lado de Woody Allen em Sonhos de um Sedutor (1972) e, cinco anos depois, estrelou Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall), papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz. O sucesso consagrou Keaton como símbolo da mulher moderna no cinema, com personagens que uniam vulnerabilidade e inteligência. Sua atuação natural e despretensiosa redefiniu o padrão de protagonismo feminino na época.
Legado de autenticidade
Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Diane Keaton trabalhou em produções marcantes como O Poderoso Chefão II (1974), Baby Boom (1987), O Pai da Noiva (1991), Alguém Tem Que Ceder (2003) e Procurando Dory (2016), onde emprestou sua voz na dublagem. Também se aventurou como diretora e produtora, sempre imprimindo sua personalidade singular em cada projeto. Além do talento, Keaton se tornou ícone de moda, conhecida por seus ternos, chapéus e estilo andrógino.
Nunca se casou, mas teve relacionamentos célebres com Woody Allen, Warren Beatty e Al Pacino. Mãe dedicada, adotou dois filhos: Dexter e Duke. O último trabalho da atriz foi o filme Summer Camp, lançado recentemente. Sua partida encerra uma trajetória artística de originalidade e coragem, que inspirou gerações de atrizes. Diane Keaton será lembrada não apenas como uma vencedora do Oscar, mas como uma mulher que transformou vulnerabilidade em força e fez da autenticidade sua marca eterna.