Deepfakes e bots assombram a internet, mas novas tecnologias prometem restaurar a confiança digital e provar quem é realmente humano
Vampiros, fantasmas e lobisomens povoam o imaginário popular durante o Halloween, mas no mundo digital os monstros são outros e bem mais difíceis de enxergar. Deepfakes, bots maliciosos e perfis falsos estão transformando a internet em uma espécie de “casa mal-assombrada moderna”. Desinformação, golpes e fraudes corroem a confiança entre pessoas, marcas e plataformas.
Se por um lado o cenário parece digno de um filme de terror, por outro surgem inovações capazes de devolver autenticidade às interações digitais e proteger o que ainda é genuinamente humano na rede.
Uma ameaça invisível, mas mensurável
Segundo o Entrust Identity Fraud Report 2025, uma tentativa de deepfake acontece a cada cinco minutos no mundo. Esses ataques, em que golpistas usam inteligência artificial para imitar vozes, rostos e até comportamentos, cresceram 244% no último ano. Eles já representam 40% de todas as fraudes biométricas detectadas globalmente.
A atuação dos bots também se intensificou. De acordo com dados da Imperva 2025, mais da metade (51%) de todo o tráfego na internet hoje é automatizado, sendo 37% desse total composto por bots maliciosos, programados para fraudar sistemas, roubar dados e manipular comportamentos online. Setores como e-commerce, mídia e tecnologia estão entre os mais afetados, enfrentando distorções em métricas e aumento de custos operacionais.
O impacto financeiro dessa nova era de fraudes é colossal. Apenas em 2024, as perdas globais com golpes digitais chegaram a US$47 bilhões, segundo o Javelin Identity Fraud Study.
“Internet morta” e o desafio de saber quem é real
A chamada “Teoria da Internet Morta”, que sugere que boa parte do conteúdo online já não é produzido por humanos, ganha respaldo à medida que os dados confirmam a presença de sistemas autônomos na rede. Em paralelo, 98% dos pesquisadores de IA da Cornell University defendem auditorias e medidas de segurança diante do avanço das inteligências artificiais generativas e autônomas.
Com fronteiras cada vez mais tênues entre humanos e máquinas, surge um novo desafio: saber quem está do outro lado da tela. E, mais do que isso, como reconstruir a confiança em um ambiente onde as pessoas podem criar identidades falsas com poucos cliques.
Prova de humanidade: um novo pilar para a confiança online
Em um cenário em que bots e deepfakes se multiplicam, verificar se uma pessoa é realmente humana tornou-se uma prioridade crítica para o futuro da internet. A World, rede humana global desenvolvida pela Tools for Humanity, oferece um caminho promissor com o World ID. A credencial anônima de prova de humanidade confirma que uma pessoa é viva e única, sem expor dados pessoais.
Essa tecnologia representa uma nova infraestrutura digital pensada para a era da inteligência artificial, permitindo que organizações validem a autenticidade das pessoas em interações que vão desde a compra de ingressos e transações financeiras até o acesso a redes sociais e serviços públicos. A tecnologia se destaca por distinguir pessoas reais de robôs em uma internet cada vez mais ameaçada por IAs mal-intencionadas.
“A prova de humanidade é um passo essencial para restabelecer a confiança nas relações digitais”, afirma Juliana Felippe, diretora-geral da Tools for Humanity no Brasil. “Num mundo onde identidades falsas podem ser geradas por IA em segundos, garantir que estamos lidando com uma pessoa real precisa ser feito com segurança e respeito total à privacidade.”
O futuro da internet precisa continuar humano
À medida que a IA se torna onipresente, a prova de humanidade se estabelece como uma nova fronteira da cibersegurança, da governança digital e da economia online. A missão da World é tornar essa verificação um componente essencial da infraestrutura digital do futuro. Um alicerce invisível, mas fundamental, garantindo que toda interação online comece com uma única certeza: há uma pessoa real do outro lado.
Neste Halloween, os maiores sustos não vêm de fantasias, mas da dúvida sobre o que ainda é real na internet. A World quer garantir que, mesmo em meio à revolução digital, a humanidade continue no centro de tudo.



