Buhari faleceu neste domingo em Londres aos 82 anos; Nigéria decreta luto nacional e realiza funeral com honras oficiais
Morte e funeral oficial
Neste domingo (13), o ex-presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, morreu aos 82 anos em um hospital de Londres. O governo nigeriano confirmou a notícia e declarou luto nacional de sete dias. O corpo de Buhari foi levado à Nigéria em avião presidencial, onde recebeu honras militares. Milhares de pessoas acompanharam o translado até a cidade natal de Daura, com cerimônias religiosas e oficiais.
Autoridades, familiares e líderes religiosos participaram do funeral, que seguiu protocolos rigorosos de segurança. O presidente Bola Tinubu expressou condolências à família e destacou o legado político de Buhari. A imprensa local e internacional repercutiu amplamente o falecimento, lembrando a trajetória do ex-líder. As autoridades dispararam salvas de canhão e transmitiram a cerimônia ao vivo no país.
Reações políticas e sociais
A notícia da morte gerou comoção na Nigéria e em países africanos vizinhos. Chefes de Estado, incluindo líderes da União Africana, enviaram mensagens de pesar. Buhari foi lembrado por seu combate à corrupção e liderança firme durante seu mandato. No entanto, críticos ressaltaram controvérsias relacionadas a direitos humanos e censura durante seu governo.
Analistas destacaram que sua morte marca o fim de uma era na política nigeriana, abrindo espaço para novas lideranças. A população prestou homenagens em várias regiões do país. Muitos expressaram esperança por avanços nas áreas sociais e econômicas. O governo prometeu ampliar políticas de transparência e fortalecimento institucional. O episódio também reacendeu debates sobre o acesso de líderes africanos a tratamentos médicos no exterior.
Legado e desafios deixados
Buhari liderou a Nigéria entre 2015 e 2023, enfrentando desafios como o terrorismo do Boko Haram e crises econômicas. Durante seus mandatos, implementou medidas de austeridade que afetaram a população mais vulnerável. Ele promoveu operações militares contra grupos extremistas, obtendo avanços significativos, mas não erradicou a violência.
O ex-presidente foi criticado por restrições à liberdade de imprensa e repressão a opositores. Mesmo assim, conquistou a reeleição em 2019 com forte apoio popular. Seu governo ficou marcado por polarização política e protestos sociais. Após deixar o cargo, Buhari manteve-se discreto, e sua saúde deteriorou-se silenciosamente. A sua morte abre espaço para reflexões sobre os rumos futuros da Nigéria, segunda maior economia da África. O legado de Buhari permanece complexo, com avanços e desafios ainda presentes.