Com desemprego a 6,1% em novembro, Brasil registra melhora histórica no mercado de trabalho, segundo o IBGE. Ocupação e rendimentos seguem em alta
Avanço histórico
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,1% em novembro de 2024, marcando o menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. O dado reflete uma melhora consistente no mercado de trabalho, com redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,4 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2023.
O número de desempregados, agora em 6,8 milhões, é o menor desde 2014. Em um trimestre, 510 mil brasileiros conseguiram se inserir no mercado, enquanto, em um ano, 1,4 milhão deixaram a condição de desocupação. O crescimento econômico e a expansão de oportunidades em diversos setores atribuem-se à recuperação.
Mais brasileiros no mercado de trabalho
A população ocupada atingiu 103,9 milhões de pessoas, consolidando um recorde histórico. Esse avanço é visível no aumento de trabalhadores com carteira assinada, que somam 39,1 milhões, e na força do setor privado, que emprega 53,5 milhões.
Apesar dos avanços, a informalidade ainda representa 38,7% do mercado, com 14,4 milhões de empregados sem registro e 25,9 milhões atuando por conta própria. Contudo, a taxa de informalidade apresentou leve queda, reforçando um movimento de formalização gradual.
Setores em destaque
A Indústria, Construção e Serviços Domésticos foram os principais motores da geração de emprego no trimestre, adicionando juntos 967 mil trabalhadores. Em comparação anual, setores como Comércio e Administração Pública também demonstraram forte expansão, beneficiando 3,5 milhões de pessoas.
O rendimento médio habitual alcançou R$ 3.285, com crescimento anual de 3,4%. A massa salarial registrou recorde, chegando a R$ 332,7 bilhões, reforçando o impacto positivo do crescimento do emprego formal e das atividades econômicas em expansão.