Homem é preso em Heliópolis com submetralhadora, munição e 94 cartões roubados; polícia investiga ligação com golpes financeiros em São Paulo
Prisão em Heliópolis
A Polícia Militar prendeu nesta terça-feira (17), um homem suspeito de aplicar golpes financeiros em São Paulo. A denúncia anônima apontou a residência do suspeito em Heliópolis, na zona sul da capital. Equipes do 46º Batalhão seguiram rapidamente para a Rua do Pacificador, endereço indicado como base das atividades criminosas. Os policiais cercaram a região, planejaram a abordagem e reduziram as rotas de fuga possíveis para o suspeito. A guarnição abordou o homem nas proximidades da casa e realizou revista pessoal no local.
Os agentes deram voz de prisão após confirmarem indícios de envolvimento em fraudes com cartões. A polícia não divulgou a identidade do suspeito, pois ainda conduz diligências e apura outras conexões. Após a detenção, os policiais entraram na residência com autorização e iniciaram busca detalhada em todos os cômodos. A equipe analisou armários, gavetas, mochilas e equipamentos eletrônicos em busca de provas. O que parecia um caso restrito a estelionato logo revelou estrutura muito mais perigosa, com armamento de uso restrito.
Arsenal e cartões apreendidos
Dentro da casa, os policiais localizaram uma submetralhadora com numeração suprimida, indício claro de origem ilegal. A equipe apreendeu dois carregadores compatíveis com a arma, aumentando a gravidade da ocorrência. Os agentes encontraram ainda uma série de itens usados para potencializar a ação criminosa:
- 214 munições intactas de calibre nove milímetros, organizadas para pronto emprego em situação de confronto
- 27 cápsulas deflagradas, que indicam disparos anteriores ainda não explicados pelas autoridades
- três celulares, que serão periciados para rastrear contatos, conversas e possíveis vítimas
- um notebook, possivelmente usado para acesso a contas bancárias e plataformas financeiras
- 94 cartões bancários, vinculados a vítimas de roubos e fraudes em diferentes pontos da cidade
Os investigadores pretendem extrair mensagens, registros de transações e contatos ligados aos golpes desses dispositivos eletrônicos. Os policiais registraram cartões de diferentes bancos, o que indica atuação sobre perfis variados de vítimas. A investigação avalia que o imóvel funcionava como central de manipulação de dados e cartões comprometidos. A polícia vai cruzar a numeração dos cartões com boletins de ocorrência para identificar vítimas e valores desviados.
Investigação e próximos passos
O 26º Distrito Policial recebeu o caso e instaurou inquérito para reunir todas as provas. Os investigadores vão interrogar o suspeito, verificar sua rotina e buscar nomes de possíveis comparsas. A equipe pretende ouvir vítimas identificadas a partir dos cartões apreendidos, reforçando o conjunto probatório. Peritos vão analisar o notebook e os celulares, rastreando acessos a aplicativos bancários e plataformas de pagamento. A polícia trabalha com a hipótese de uma quadrilha especializada em golpes com cartões de crédito e débito.
Especialistas em segurança enxergam neste caso a conexão direta entre crime financeiro e armamento pesado. Essa combinação amplia o risco para vítimas, moradores de Heliópolis e policiais que atuam na região. As autoridades orientam a população a nunca entregar cartões e senhas, mesmo diante de supostos funcionários de bancos. Em situações de roubo, perda ou suspeita de clonagem, recomendam bloqueio imediato e registro de boletim de ocorrência. O suspeito permanece preso e à disposição da Justiça, enquanto a polícia tenta desarticular toda a rede ligada ao endereço.



