Nova Déli 2025: Thalita Simplício confirma favoritismo e conquista o tetra mundial nos 400m 

Nova Déli 2025: Thalita Simplício confirma favoritismo e conquista o tetra mundial nos 400m 

Thalita Simplício conquista o tetracampeonato nos 400m em Nova Déli; Brasil soma três medalhas e segue forte no Mundial de Atletismo


No terceiro dia de disputas do Mundial de atletismo de Nova Déli, a potiguar Thalita Simplício confirmou seu favoritismo e conquistou o tetracampeonato mundial dos 400m T11 (deficiência visual) com o tempo de 59s76. Ela já havia vencido a prova em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019.

O Brasil ainda conquistou mais duas medalhas de prata no período, com a também potiguar Maria Clara Augusto nos 100m T47 (deficiência nos membros superiores) e com o paulista André Rocha no lançamento de disco F52 (que competem sentados).

Com isso, a Seleção Brasileira segue na briga com a China pela ponta do quadro geral de medalhas, com 13 pódios no total, sendo quatro ouros, sete pratas e 2 bronzes. Os chineses somam quatro ouros, sete pratas e três bronzes.

Tetracampeonato com Thalita Simplício

Thalita, que nasceu com glaucoma, venceu a prova com o tempo de 59s76. Na bateria das eliminatórias, Thalita havia avançado à final com o melhor tempo entre todas as finalistas – 1min01s76.

Ela já havia vencido a mesma disputa em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019, mas havia sido prata nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Com isso, conseguiu retomar o primeiro posto na prova que é a sua especialidade.

“Para quem me acompanha de perto, sabe que não só a medalha, mas o fato de estar aqui já diz muita coisa sobre o meu caráter. Esse ano está bem difícil mentalmente. […] Agora, até 2028, tenho um tempo para colocar a ‘caixinha’ em ordem. Está bem desorganizada. Eu preciso de férias. A medalha vai servir para organizar o que está bagunçado”, analisou Thalita após a vitória.

A prata ficou com a angolana Juliana Moko, com 1min01s42, e o bronze com a peruana Melissa Baldera, que completou a prova em 1min03s84.

É a nona medalha de Thalita Simplício em Mundiais de atletismo, uma das principais medalhistas do país na história da competição.

Pratas nos 100m e no lançamento de disco

A velocista potiguar Maria Clara Augusto conquistou a segunda medalha do dia para o país – foi prata na final dos 100m. Ela fez o tempo de 12s20, sua melhor marca pessoal na prova.

Antes do Mundial, Maria Clara tinha até então o melhor tempo do mundo no ano na prova, quando fez 12s38 no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no último mês de julho. Nas eliminatórias, chegou a correr a disputa em 12s33 antes de melhorar em 13 segundos o seu tempo na final.

A brasileira foi superada somente pela equatoriana Kiara Rodriguez, que fez 11s97. Essa é a segunda medalha da atleta, que tem má-formação congênita no braço esquerdo, em Mundiais – havia conquistado um bronze nos 400m em Paris 2023.

“Estou em uma felicidade enorme. Sabia que iria ser uma prova muito difícil, com atletas que tinham tempos melhores do que o meu [nas eliminatórias]. Mas eu estava confiante, me sentindo preparada, e deu tudo certo. Estou muito feliz com a minha marca”, desabafou Maria Clara.

O paulista André Rocha também conquistou a medalha de prata no dia ao ficar na segunda colocação do lançamento de disco F52 (que competem sentados). Sua diferença para o medalhista de ouro, o letão Aigars Apinis, foi de apenas 3 centímetros – 19,29m ante os 19,32m do adversário.

André buscava o seu tricampeonato na prova após vencer em Kobe 2024 e em Londres 2017.

“A gente acaba ficando um pouco frustrado por causa desses três centímetros. Mas temos que valorizar a prata, todo Mundial é Mundial. Queria muito esse tricampeonato. Sabia que poderia ter feito mais, mas estamos satisfeitos com o trabalho e agradecer toda a minha equipe por mais esse belo resultado”, afirmou André Rocha.

Brasileiros garantidos em finais

Ainda nesta manhã de segunda-feira, a paulista Verônica Hipólito venceu sua bateria nos 100m T36 (paralisados cerebrais) com o tempo de 14s64 e avançou à final com o terceiro melhor tempo. A disputa por medalha será às 11h (de Brasília) desta terça-feira, 30.

O paulista Júlio César Agripino e o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques também asseguraram seus lugares na final dos 1.500m T11 (deficiência visual), com os tempos de 4min09s51 e 4min08s94, respectivamente. O primeiro é o atual campeão mundial da prova, enquanto o segundo vai em busca da sua segunda medalha em Nova Déli após a prata nos 5.000m. A disputa por medalha acontece às 11h26 (de Brasília) desta terça-feira, 30.Já o gaúcho Wallison Fortes e o paraense Alan Fonteles participaram das eliminatórias dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese), mas somente o segundo conseguiu avançar à final, com o tempo de 11s06, a sua melhor marca na temporada. Com 11s50, Wallison terminou na 11ª colocação geral.

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