Equipes buscam 16 desaparecidos após desabamento da ponte Juscelino Kubitschek. Tragédia afeta transporte, comunidades e meio ambiente
Esforços de resgate e apoio governamental
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no domingo (22), segue mobilizando equipes de resgate e autoridades federais e estaduais. Com 16 pessoas desaparecidas, os trabalhos na área enfrentam desafios devido à contaminação química do rio Tocantins, causada pelos materiais perigosos transportados por caminhões que despencaram na tragédia.
O governo federal, representado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu apoio total às operações. O Exército Brasileiro está sendo acionado para avaliar a construção de uma ponte provisória, enquanto equipes especializadas trabalham para identificar as causas do desabamento. A Defesa Civil de Estreito (MA) atualizou o número de desaparecidos, e mergulhadores especializados continuam monitorando as condições do rio para retomar as buscas de forma segura.
Governadores do Maranhão e Tocantins declararam emergência na região e prometeram não medir esforços para apoiar as famílias afetadas e restaurar a conexão essencial entre os estados.
Consequências para comunidades e meio ambiente
A tragédia gerou impacto imediato em dezenas de comunidades dependentes do rio Tocantins para abastecimento de água e transporte. Em Imperatriz (MA), a Companhia de Saneamento Ambiental suspendeu temporariamente a captação de água, prejudicando milhares de moradores. A equipe responsável acionou caminhões-pipa para minimizar os efeitos na região.
Alertas ambientais foram emitidos para várias cidades ribeirinhas no Maranhão e Tocantins, devido ao risco de contaminação química. Especialistas analisam a água para determinar o grau de poluição e implementar medidas de contenção. A interdição da BR-226 também prejudicou o escoamento de produtos e a mobilidade local, obrigando motoristas a utilizarem rotas alternativas longas e pouco estruturadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso do governo federal em acelerar a reconstrução da ponte e buscar soluções sustentáveis para evitar tragédias semelhantes no futuro. As autoridades consideravam a estrutura da ponte antiga e identificaram sinais de deterioração em inspeções passadas, um fato que elas também irão apurar.